A Conspiração da Pólvora foi uma tentativa organizada por um grupo de católicos ingleses de assassinar o Rei Jaime I, colocando explosivos sob a Casa dos Lordes durante a abertura do Parlamento.
Liderados por Robert Catesby, os conspiradores tinham como objetivo restaurar um monarca católico ao trono, em resposta à crescente perseguição contra os católicos na Inglaterra protestante
A perseguição aos católicos
Desde a Reforma Protestante, os católicos na Inglaterra enfrentaram severas restrições. Durante o reinado de Jaime I, era esperada uma abordagem mais conciliatória, mas, ao contrário, ele reforçou as leis anticatólicas, o que intensificou a insatisfação entre os praticantes dessa fé.
A formação da conspiração
Em 1604, Catesby reuniu um grupo de conspiradores, incluindo Guy Fawkes, que ficou famoso por sua experiência com explosivos.
O plano envolvia não apenas o assassinato do rei, mas também um golpe de estado para instalar a princesa Elizabeth como uma monarca católica.
Os conspiradores alugaram uma casa próxima ao Parlamento e armazenaram cerca de 36 barris de pólvora em um porão sob a Casa dos Lordes. Guy Fawkes seria o responsável por acender o pavio.
Uma carta anônima, enviada a Lord Monteagle, o alertando para não comparecer à sessão do Parlamento, levou à descoberta do plano em 5 de novembro de 1605.
Guy Fawkes foi capturado e, sob tortura, revelou detalhes do esquema.
Punição e consequências da conspiração
Os conspiradores foram executados de maneira brutal, como traidores. Este evento solidificou a repressão contra os católicos, aumentando o controle estatal sobre a religião.
O dia 5 de novembro é celebrado no Reino Unido como Guy Fawkes Night ou Bonfire Night, com fogueiras e fogos de artifício, em memória da falha da conspiração.
Inclusive, foi a Conspiração da Pólvora que inspirou obras como “V de Vingança”, que usa a máscara de Guy Fawkes como símbolo de rebelião, e até hoje é um ícone contemporâneo de protesto em movimentos (conhecido como Anonymous).
