Desde que o primeiro satélite artificial foi lançado pela União Soviética em 1957, o famoso Sputnik I, a humanidade nunca mais parou de enviar objetos para o espaço. Porém, o lixo espacial tem seus impactos na Terra.
Naquele tempo, o céu parecia um lugar infinito, e ninguém imaginava que um dia haveria “trânsito” em órbita.
Mas em 2025, temos mais de 5.000 satélites ativos orbitando a Terra e mais de 64 mil objetos catalogados, entre satélites antigos, pedaços de foguetes e fragmentos diversos. Todo esse entulho espacial é o que chamamos de lixo espacial.
Como o lixo foi parar no espaço?
Grande parte do lixo espacial vem de satélites desativados, pedaços de foguetes que ficam flutuando depois de um lançamento, colisões entre objetos e até explosões acidentais no espaço.
O número de lançamentos aumentou muito com os projetos de internet via satélite, como o Starlink, da SpaceX. Só em 2024, essa empresa lançou mais de 7 mil satélites.
O lixo espacial pode cair na Terra?
Nem tudo o que está em órbita permanece lá para sempre. A gravidade da Terra, aos poucos, “puxa” de volta muitos desses objetos. Quando isso acontece, eles entram na atmosfera em alta velocidade.
A maioria queima completamente antes de chegar ao solo, criando aqueles rastros de luz que vemos no céu, mas alguns pedaços conseguem sobreviver e chegar à superfície.
Estima-se que de 200 a 250 objetos reentram na atmosfera a cada ano. A maioria cai nos oceanos (que cobrem 70% do planeta) ou em áreas desabitadas, mas alguns fragmentos já foram vistos sobrevoando cidades, como ocorreu no Brasil recentemente.
Apesar de parecer assustador, o risco de ser atingido por lixo espacial é muito pequeno. A chance de um fragmento cair exatamente onde há pessoas é extremamente baixa. Mesmo assim, os cientistas acompanham de perto os objetos maiores que estão prestes a reentrar, e há protocolos internacionais para alertar governos em casos de risco.
Mas existem sites e aplicativos que mostram, em tempo real, os objetos orbitando a Terra. Um exemplo é o HeavensAbove, onde você pode ver a rota de satélites, estações espaciais e até lixo espacial.
Para explicar com mais autoridade no assunto, o Prof. e Dr. Marcos Calil do Urânia Planetário nos concedeu uma entrevista, disponibilizada em nosso podcast abaixo.