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O imperador romano que fez seu cavalo senador

O imperador romano que fez seu cavalo senador

Um imperador romano, com o mundo aos seus pés, decide nomear seu cavalo como senador. Parece piada? Pois essa é uma das histórias mais famosas (e bizarras) da Roma Antiga, e revela até onde pode ir a loucura no poder.

Quem foi Calígula?

Calígula, na verdade, se chamava Caio Júlio César Germânico. Ganhou o apelido de “Calígula” (que significa botinha) ainda criança, porque usava miniaturas das sandálias dos soldados quando acompanhava o pai nas campanhas militares.

Em 37 d.C., aos 25 anos, Calígula se tornou imperador de Roma, após a morte do imperador Tibério. No início, sua chegada ao poder foi bem recebida. A população acreditava que ele traria novos ventos após o reinado sombrio de Tibério, mas a esperança durou pouco.

Meses depois de assumir o trono, Calígula adoeceu gravemente. Quando se recuperou, algo parecia ter mudado radicalmente em seu comportamento.

Historiadores antigos relatam que ele:

  • Matava senadores por diversão
  • Mandava executar pessoas só porque estava entediado
  • Se autoproclamava deus em vida
  • Transformava o palácio em cenário de festas depravadas para a época

O cavalo senador

Segundo os relatos do historiador Suetônio, Calígula construiu um estábulo de mármore para seu cavalo Incitatus, com colares de pedras preciosas, mantimentos servidos em taças de ouro e até guardas pessoais.

Mas o que mais chamou a atenção foi que Calígula teria dito que faria de Incitatus um senador. Não há registro oficial de que ele realmente formalizou a nomeação, mas o gesto tinha dois propósitos:

  • Humilhar o Senado Romano, mostrando que até um cavalo era mais digno de estar ali
  • Provar seu poder absoluto, onde até o absurdo se tornava lei

É como se um chefe de Estado atual decidisse colocar um gato como ministro só para mostrar que pode.

Calígula era louco ou estrategista?

Essa é uma das grandes perguntas da história. Alguns estudiosos defendem que Calígula sofria de distúrbios mentais, possivelmente agravados por traumas familiares e a doença que enfrentou no início do governo.

Outros acreditam que muitos dos exageros foram inventados ou ampliados por historiadores romanos hostis, que queriam manchar sua imagem após sua morte.

Mas foi assassinado em 41 d.C., aos 28 anos, por membros da própria guarda pretoriana. Ele governou por apenas quatro anos, mas deixou um legado marcado por abusos e excentricidades.

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