Como a mitologia moldou o universo de Tolkien
Mitologia

Como a mitologia moldou o universo de Tolkien

Se você já leu O Senhor dos Anéis ou O Hobbit, sabe que o universo criado por J.R.R. Tolkien é incrivelmente rico em detalhes, povos, línguas e histórias antigas.

Mas você sabia que boa parte disso foi inspirada em mitologias reais, como a nórdica, a celta e a anglo-saxã?

Muito além de um simples escritor de fantasia, Tolkien era um estudioso da linguagem e das lendas antigas, e isso ajudou a construir a base de um dos mundos mais completos da literatura moderna: a Terra-Média.

A mitologia nórdica e os deuses

Tolkien era fascinado pelas sagas nórdicas. Elementos da cultura dos vikings, como deuses poderosos, mundos interligados e batalhas épicas, aparecem em vários momentos de suas obras.

Os elfos, por exemplo, têm forte inspiração nos álfar, seres brilhantes e quase divinos da mitologia nórdica.

Já os anões de Tolkien se parecem muito com os anões das Eddas, conhecidos por viverem nas montanhas, fabricar armas mágicas e ter nomes como Thorin, Dwalin e Fili, que, aliás, Tolkien tirou direto de um poema nórdico chamado Völuspá.

A influência celta em Tolkien

A mitologia celta também deixou suas marcas. A forte ligação entre os personagens e a natureza, os reinos mágicos escondidos e a ideia de viagens espirituais têm raízes nas lendas celtas.

A floresta de Lothlórien, por exemplo, lembra o reino das fadas ou o Outro Mundo celta, um lugar fora do tempo, onde a morte e o envelhecimento parecem não existir.

Além disso, a relação com o ciclo da vida, da morte e da renovação está presente tanto nos mitos celtas quanto nas histórias da Terra-Média.

O mundo anglo-saxão e a tradição heroica

Tolkien era professor de literatura anglo-saxã em Oxford, e seu amor por textos antigos como Beowulf é visível.

A estrutura de heroísmo, honra e destino dos personagens, especialmente Aragorn, Frodo e até Boromir, remete a esse tipo de narrativa.

As batalhas contra o mal, a jornada solitária do herói e a ideia de que fazer o certo exige sacrifício são temas típicos da tradição anglo-saxã.

Até o uso de nomes e palavras em línguas fictícias se inspira nos idiomas germânicos antigos.

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