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Ciência no Brasil: Bertha Lutz

Não é de hoje que a ciência muda o mundo, mas talvez já tenha passado da hora de mostrar a importância dos nomes por trás de toda a pesquisa que é feita diariamente. Para iniciar essa jornada da Ciência no Brasil, Bertha Lutz será a primeira de muitas pessoas a ter seu nome mencionado nessa nova saga do blog.

Nascida como Bertha Maria Júlia Lutz mas conhecida apenas como Bertha Lutz. Esse foi o nome de uma das grandes pesquisadoras e ativistas do Brasil. Apesar de ter sido criada na Europa e ter se formado na Universidade de Sorbonne em Ciências Naturais, seu segundo diploma (Direito) foi na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A pequena Lutz já nasceu com grande influência da ciência em sua vida, sendo filha de um cientista e pioneiro Adolfo Lutz e da enfermeira inglesa Amy Fowler.

Outro ponto que sempre foi muito forte em sua vida foi a motivação para correr atrás de seus direitos, participando desde muito nova de movimentos feministas como a campanha sufragista de Paris.

Em 1918 quando já estava no Brasil, foi a segunda mulher a conseguir um cargo no serviço público no país, como bióloga no Museu Nacional e foi crescendo em sua carreira, chegando a ser chefe do setor de Botânica no mesmo museu.

Trabalhou por longos 46 anos na instituição, alcançando reputação internacional com sua extensa pesquisa em espécies anfíbias brasileiras, ajudando na pesquisa zoológica.

Mas infelizmente naquela época a mulher era vista como incapaz e não tinha direito nem mesmo de votar nas eleições, pensando nisso, Bertha decidiu criar o primeiro congresso feminista brasileiro. Insatisfeita com a situação que percebera não apenas no trabalho, mas na vida como um todo, criou (em 1919) a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher.

Não muitos anos depois (1932) dessa criação, conseguiu, juntamente com suas companheiras, que o presidente Getúlio Vargas assinasse o direito ao voto feminino.

Alguns anos mais tarde, ainda como líder da Liga, conseguiu papéis importantes na política como o cargo de Câmara Federal, em 1936, e lutou diariamente pela igualdade salarial, redução da jornada de trabalho e também pela licença maternidade.

Com seu importante papel, também conseguiu participar de algumas conferências, como a de São Francisco em 1945, sendo a única mulher da comitiva brasileira.

Para entender um pouco mais de sua história, é possível assistir ao documentário chamado A Mulher na Carta da ONU.

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6 comentários

  1. Trabalhou com minha mãe.

    1. Sério? Que demais, em qual época?

      1. Não sei exatamente, mas minha mãe era chefe do Depto de Arqueologia do Museu, na época em que ela trabalhou lá.

        1. Que legal, deve ter sido uma experiência única. Se tiver alguma história sobre esse assunto que queira compartilhar, seria muito bem vinda.

  2. […] para a causa feminista, Nísia Floresta destacou-se como uma defensora incansável da educação feminina. Percebendo a importância da instrução para a emancipação, ela fundou escolas e […]

  3. […] foi responsável por se unir com uma amiga para limpar os esgotos de guetos locais para evitar a aparecimento de alguma doença […]

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