Você sabe por que junho é o mês da diversidade?
Tudo começou em 1969, em um bar chamado Stonewall Inn e localizado em Nova York, nos Estados Unidos. Nesta época o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo era crime, existiam até leis que proibiam pessoas de vestirem roupas que não condiziam com seu gênero. A repressão e perseguição eram comuns.
Mas em Stonewall todos que eram menosprezados pela sociedade eram bem vindos para se reunir e ser quem eles realmente eram. Tudo isso era graças ao acordo que o bar fez com a polícia, mas quando o local começou a ficar famoso, algumas pessoas invadiram o bar, e a polícia prendeu todos os clientes, funcionários e os artistas que faziam um show.
Cansados do abuso de poder e do preconceito, os vizinhos, pessoas da redondeza e amigos iniciaram um levante no mesmo dia, em 28 de junho. Foi uma noite longa, violenta e revolucionária.
Estes protestos duraram 5 dias.
Um ano após o incidente, as pessoas voltaram ao bar e ali aconteceria a primeira marcha do Dia da Libertação, o que se tornaria, anos depois, o mês do orgulho LGBTQIA+.
Mesmo tantos anos depois, o preconceito ainda é visível em muitos países. São milhares de pessoas sendo diariamente julgadas e excluídas apenas por amarem uma pessoa.
Um exemplo deste comportamento retrógrado é a oposição do Vaticano ao projeto de lei da Itália contra a homofobia.
A lei tem o objetivo de repreender pessoas que praticam violência e discriminação contra outras. Mas em pleno 2021, a Igreja diz que esta lei irá restringir a liberdade de expressão dos católicos.
Por conta de alguns pensamentos religiosos extremos, muitas pessoas acabam se sentindo presas dentro do próprio corpo, como é o caso de Isabela Veloso, que por muitos anos pensou que estava cometendo pecados por gostar de uma pessoa do mesmo sexo.
“Eu sempre me senti diferente daquilo que fui criada a entender como o certo. Eu me sentia pressionada pela minha mãe e meus amigos a ficar com meninos, então eu tentei, mas não senti nada, não era a mesma coisa”.
Com uma mãe extremamente religiosa, não foi fácil viver a vida de Veloso, mas aos poucos ela entendeu quem era.
“Quando relembro a minha infância, consigo perceber que sempre fui diferente, mas naquele momento não percebi. O dia que eu realmente percebi, acabei tendo diversos pensamentos ruins, e me culpava muito. Todas as vezes que sentia alguma coisa por uma garota, ficava com medo de ir para o inferno e da minha mãe descobrir. Eu sempre fui obrigada a acreditar nos mesmos ideais que a minha mãe, e para ela aquilo era extremamente errado. Só consegui me aceitar e perceber que aquilo era normal, quando parei para pensar que eu não preciso seguir o mesmo ideal que a minha mãe, ou qualquer outra pessoa. Percebi que o Deus que eu acredito, não pune as pessoas mas na realidade, ele ama todas elas”.
Mesmo quando você aceita quem é, o desafio continua, já que muitas vezes é preciso conviver com pessoas que não aceitam o seu modo de vida.
“No começo eu não contei para a minha mãe, mas conforme ela falava coisas preconceituosas perto de mim, foi ficando cada dia mais difícil de me conter. Nós começamos a brigar feio até que chegou ao ponto dela perguntar se eu estava escondendo alguma coisa e então resolvi contar. Foi então que as ameaças começaram. Ela tentou me bater, me expulsar de casa e desde então controlava a minha vida toda. Como estava no último ano do ensino médio e não queria desistir dos estudos, continuei lá por um tempo mas me mudei de cidade e fui para a casa da minha avó, e mesmo assim ela continuou querendo controlar a minha vida. Mas logo consegui passar na UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais) e fui morar em uma residência estudantil. Desde então me sinto mais livre para ser quem eu sou”.
É importante lembrar que todos devem ser respeitados como um ser humano e ter todos os seus direitos garantidos, pois assim como Isabela, existem milhares de outras pessoas ao redor do mundo que já sofreu ou ainda está sofrendo preconceito apenas por ser diferente do que a sociedade impôs como o normal. O mês do Orgulho tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia , para que possamos viver de forma livre, sem preconceitos e igualitária.
Gratidão por participar deste trabalho maravilhoso. E você aí, que passa por algo parecido ou até pior, acredite em algum momento você poderá ser você mesmo, não desista!!!
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[…] que também não podiam ficar livres na sociedade da época e acabavam lá eram negros, pessoas LGBTQIA+ e mulheres […]
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