O que hoje conhecemos como Coreia do Sul e Coreia do Norte foi uma única nação historicamente, e a divisão ocorreu após a Segunda Guerra Mundial.
Mas até essa divisão, a península coreana experimentou várias dinastias que governaram diferentes regiões ao longo dos séculos, como a dinastia Joseon.
Após a Segunda Guerra Mundial, a península coreana foi dividida entre a União Soviética e os Estados Unidos, levando à criação de dois estados distintos, a República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte) e a República da Coreia (Coreia do Sul), em 1948. Desde então, a Coreia do Sul tem sido um estado soberano e não passou por mudanças dinásticas.
Quais foram as dinastias da Coreia?
A dinastia Gojoseon (c. 2333 a.C. – 206 a.C.) é considerada uma das primeiras dinastias da Coreia, mas sua existência e história são objeto de debate entre historiadores, e muitos detalhes são lendários.
Já a dinastia Goguryeo (37 a.C. – 668 d.C.) teve uma influência significativa na história do país, mas batalhou com Baekje e Silladinastias pelo controle da península e estabeleceram reinos poderosos.
A primeira a conseguir unificar a península coreana foi a dinastia Silla (57 a.C. – 935 d.C.), ela é conhecida por sua arte, cultura e por estabelecer a capital em Gyeongju.
Mas Goryeo (918 – 1392) foi a dinastia que unificou novamente a península coreana depois de um período de divisão, e foi quando o budismo floresceu, criando mudanças significativas na cultura e na arte, mas enfrentava instabilidade interna, incluindo conflitos entre facções políticas e militares.
Foi a dinastia Joseon, fundada por Taejo em 1392, que ficou conhecida por seu governo confucionista, com alguns avanços culturais e científicos, como a criação do alfabeto coreano (hangul).
Mas ela chegaria ao fim em 1910, já que a a Coreia foi anexada pelo Império Japonês.
Como se iniciou a dinastia Joseon na Coreia?
A dinastia Joseon foi fundada em 1392 por Lee Seong-gye, um general militar que mais tarde assumiu o trono com o nome de Taejo.
Em 1388, o fundador e primeiro rei da dinastia, Yi Seong-gye, liderou uma bem-sucedida rebelião conhecida como a “Rebelião de Hwangnyongsa”, onde se aliou a outras figuras importantes, incluindo Jeong Do-jeon, um erudito confucionista.
A rebelião foi em grande parte motivada por frustrações com a administração corrupta e as lutas de poder em Goryeo.
Depois de alguns anos, em 1392, Yi Seong-gye declarou a fundação da dinastia Joseon e ascendeu ao trono com o nome de Taejo. Foi esse evento que acabou marcando o início oficial da dinastia Joseon na Coreia.
Taejo buscou consolidar seu poder, implementando reformas administrativas e adotando o confucionismo como ideologia central do governo.
Um papel fundamental na dinastia foi o de Jeong Do-jeon, um confucionista influente, ele foi responsável pela formulação das políticas e instituições da dinastia e advogava por um sistema de governo baseado nos princípios confucianos, que enfatizavam a hierarquia, a moralidade e a lealdade.
Uma das primeiras ações de Taejo foi mudar a capital de Kaesong para Hanseong (atual Seul), marcando uma nova era na governança e simbolizando a vontade de estabelecer uma nova ordem na península coreana.
Ele procurou evitar a centralização excessiva do poder, adotando medidas para descentralizar a administração e reduzir a influência das elites regionais.
Porém, nem tudo saiu como ele previu, já que houve períodos de centralização e descentralização do poder durante o seu governo.
Essa dinastia durou aproximadamente cinco séculos, até 1910, quando a Coreia foi anexada pelo Império Japonês e durante seu auge, Joseon experimentou períodos de grande desenvolvimento cultural, artístico e científico.