Se você foi criança ou adolescente nos anos 2000, provavelmente ainda lembra a sensação de esperar ansiosamente pela estreia de um filme no Disney Channel ou cantar junto com o Sing Along na TV.
Aquela década foi um marco, uma era onde a Disney criou um universo inteiro de músicas chiclete, romances fofos, amizades improváveis e personagens que pareciam nossos melhores amigos.
Quando a Disney virou sinônimo de eventos
No comecinho dos anos 2000, a Disney Channel deixou de ser apenas um canal infantil e virou um fenômeno cultural. Vieram High School Musical, Hannah Montana, Os Feiticeiros de Waverly Place, Camp Rock, As Visões da Raven… cada série ou filme parecia um acontecimento histórico.
Era o auge das músicas originais, das coreografias de filme, dos pôsteres colados na parede, e claro, das estrelas que cresceram e se tornaram ícones: Selena Gomez, Demi Lovato, Jonas Brothers, Miley Cyrus, Zac Efron… a lista é interminável.
O reencontro da infância
Depois de anos, o que parecia impossível está acontecendo: a Disney está reunindo sua turma dos anos 2000.
Seja criando continuação de filmes como Freaky Friday 2, onde Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis estão juntas novamente, quase 20 anos depois do primeiro filme, ou na série dos Feiticeiros de Waverly Place, que voltou e já está confirmada para a 2ª temporada, trazendo Selena Gomez e David Henrie de volta como Alex e Justin Russo.
Fora das telas, também acontecem alguns encontros inesperados que as vezes existe um motivo por trás, ou apenas uma coincidência da vida. High School Musical já teve seu revival na série do Disney+, Hilary Duff voltou com Lizzie McGuire (ainda que o projeto tenha sido cancelado no meio) e até As Visões da Raven ganhou continuação.
O reencontro que ninguém imaginava que aconteceu no último dia 10 foi quando Demi Lovato subiu ao palco no show dos Jonas e cantou músicas de Camp Rock 16 anos depois.
Inclusive, boatos de bastidores indicam que algo está sendo gravado. Seria a sequência mais esperada da nossa adolescência?
Por que isso mexe com as pessoas?
Não é só sobre ver atores que gostávamos juntos novamente, é sobre voltar para uma época específica e lembrar de correr para frente da TV, comentar no Orkut, baixar as músicas no MP3 e sonhar com a vida perfeita que víamos na tela.
Hoje, essa geração está adulta: trabalha, paga boletos, cuida de filhos… mas ainda guarda no coração o brilho daquela fase.
A Era dos Live Actions da Disney
Nos últimos anos, a Disney tem investido pesado nas gravações de live actions, filmes com atores reais que recriam ou reimaginam seus clássicos animados.
Um exemplo recente e muito esperado é o live action de Lilo & Stitch, que traz de volta a história da pequena Lilo e seu alienígena Stitch, agora com um toque moderno, mesmo que algumas cenas tenham sido deixadas para trás e novas tenham sido adicionadas.
Essa aposta da Disney em live actions é um reflexo do desejo de conectar diferentes gerações: quem cresceu com as animações nos anos 2000 pode agora revisitar esses mundos de forma mais próxima e realista, enquanto os mais novos descobrem essas histórias de um jeito totalmente novo.
As Eras da Disney
Para entender o impacto dessas produções, é legal relembrar as grandes eras da Disney, que mostram como a empresa evoluiu ao longo das décadas, criando e renovando seus contos mágicos.
1. Era Clássica (1937-1942)
Começa com o marco Branca de Neve e os Sete Anões (1937), o primeiro longa-metragem de animação da Disney e da história. Foi a era que lançou as bases do que conhecemos como Disney clássica, cheia de contos de fadas tradicionais e música inesquecível.
2. Era de Ouro e Era de Prata (1940-1967)
Aqui vieram filmes icônicos como Cinderela (1950), A Bela Adormecida (1959) e A Dama e o Vagabundo (1955). Esses anos consolidaram o estilo Disney e a narrativa cheia de emoção, magia e lições de vida.
3. Era de Bronze (1970-1988)
Um período considerado de transição, marcado por títulos como Robin Hood (1973) e A Pequena Sereia (1989, já no fim da era). Foi uma fase de experimentação, preparando o terreno para uma grande revolução.
4. Renascimento da Disney (1989-1999)
Uma das épocas mais amadas, com sucessos que marcaram a infância de milhões: A Pequena Sereia, A Bela e a Fera, Aladdin e O Rei Leão. A Disney voltou com força total, misturando animação tradicional com trilhas sonoras épicas.
5. Era Moderna (2000-2010)
Nessa fase, a Disney diversificou seus temas e estilos, lançando filmes como Lilo & Stitch (2002), Piratas do Caribe e A Princesa e o Sapo (2009). O estúdio também começou a usar mais tecnologia digital na animação, preparando a transição para os próximos passos.
6. Era da Expansão e Live Actions (2010-presente)
Aqui estamos hoje, onde a Disney combina animação 3D, live actions e aquisição de grandes franquias (como Marvel e Star Wars). Essa é a era das recriações juntando nostalgia, tecnologia e novas formas de contar histórias.
A Disney sabe o que está fazendo
O retorno desses clássicos não é coincidência. Estamos vivendo um momento de revival cultural, e a Disney entendeu que não basta conquistar o público novo: é preciso abraçar os fãs antigos, mesmo que alguns reclamem e outros amem essa nova fase.