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Mulheres Revolucionárias: James Barry

Um dos médicos mais famosos do século 19 foi James Barry, mais conhecido como Margaret Ann Bulkley, uma mulher nascida em County Cork, na Irlanda.

Pois é, o médico James na verdade era uma mulher.

Antes de entrar para a Universidade de Edimburgo, James Barry nunca existiu. Como naquela época as mulheres eram proibidas de estudar medicina, Margaret orquestrou o plano de se passar por um homem. Depois que terminasse os estudos, iria para a Venezuela, onde seu tio conseguiria um emprego como médica e ela estaria livre para exercer seu cargo como médica, mas antes disso acontecer, seu tio morreu e seu plano virou permanente, pois teve que viver a vida toda ocultando sua verdadeira identidade.

Quando conseguiu ingressar para o exército, onde trabalharia como médico, conseguiu fazer grandes descobertas, como a importância da higiene (já que naquela época isso não era muito comum), e com isso conseguiu salvar a vida de vários pacientes, se destacando na área da medicina.

Podemos dizer que alguns de seus maiores destaques foi deter a expansão da cólera e da lepra no continente africano, duas doenças causadas por bactérias que estavam em alta naquela época. Além de melhorar consideravelmente as condições de soldados feridos da guerra, também foi o primeiro cirurgião a realizar uma cesariana bem sucedida na África, onde mãe e filho conseguiram sobreviver.

Mas tudo isso foi ofuscado quando rumores de seu relacionamento com um homem, o político Charles Somerset, foram divulgados.

Como todos pensavam que James era homem, aquele relacionamento era simplesmente inaceitável para a sociedade da época. A carreira de ambos foi prejudicada por este motivo.

Com o passar dos anos, quando já estava com a saúde debilitada, James voltou para a Inglaterra, onde viria a falecer pouco tempo depois.

Uma enfermeira que cuidava do cadáver do médico ficou chocada quando levantou o lençol e descobriu que James, na verdade era uma mulher. E não apenas uma mulher, pois cicatrizes em seu estômago indicavam que Margaret era mãe.

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1 comentário

  1. Republicou isso em Farruscoe comentado:
    Quando uma mulher teve que ser homem para poder ter uma carreira.

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