Mulheres Revolucionárias: Rita Lobato

Rita Lobato Velho foi uma pioneira na história da medicina brasileira, sendo a primeira mulher a se formar e exercer a medicina no país. Sua trajetória foi cheia de desafios superados e suas conquistas abriram caminhos para muitas outras mulheres na área da saúde.

A educação de Rita Lobato

Em uma época em que a educação para mulheres era limitada, Rita conseguiu se destacar e ingressar na Faculdade de Medicina da Bahia, uma das poucas instituições de ensino superior no Brasil que aceitava mulheres naquela época.

Mas o problema não foi entrar na faculdade, ela enfrentou preconceitos de colegas e professores que duvidavam de sua capacidade simplesmente por ser mulher.

Mesmo assim Rita se destacou entre todos os homens de sua classe e em 1887 se tornou a primeira mulher a se formar em medicina no Brasil.

A medicina no Brasil

Mesmo com seu diploma provando que era capaz de aplicar suas técnicas, a sociedade brasileira do século XIX era amplamente dominada por homens, especialmente em profissões como a medicina que até hoje em dia é repleta de preconceitos.

Além disso, a legislação e regulamentação da prática médica eram insuficientes para apoiar mulheres da área. e por isso Rita precisou lutar para ser reconhecida como uma profissional competente e obter o respeito que merecia.

Ela se especializou em ginecologia e obstetrícia e focou em melhorar as práticas médicas relacionadas à saúde da mulher, defendendo a importância de cuidados especializados e sensibilizando a sociedade sobre a necessidade de melhores condições de saúde e higiene para mulheres e crianças.

Sua atuação em áreas rurais e urbanas ajudou a disseminar práticas médicas avançadas e a sensibilizar a população sobre a importância de cuidados médicos adequados, já que muitos assuntos não eram disseminados entre a população, principalmente a mais pobre.

Mesmo as pessoas duvidando de sua capacidade todos os dias, fez contribuições significativas para a medicina no Brasil.

O legado de Rita Lobato

Ela não só praticou a medicina, como também trabalhou para melhorar as condições de saúde das mulheres e crianças, advogando por melhores práticas médicas e condições sanitárias.

Inclusive, seu legado é especialmente importante no contexto da luta pela igualdade de gênero. já que abriu portas para futuras gerações de mulheres médicas, mostrando que era possível superar os preconceitos e construir uma carreira de sucesso na medicina, se tornando um símbolo de perseverança e determinação.